Relator e presidente de comissão são eleitos ; acompanhe
A comissão especial que irá analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado se reúne pela primeira vez nesta terça-feira. Os membros do colegiado confirmaram o nome de Raimundo Lira (PMDB-PB) para a presidência e de Antonio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria do processo.
As duas votações foram simbólicas, mas a escolha de Anastasia foi feita sob protesto dos senadores do PT, que alegaram que o mineiro não poderia ocupar o cargo de relator por ser de um partido que tem interesse na saída de Dilma.
Os senadores também estabeleceram regras para a condução dos trabalhos. Uma delas é que o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, só poderá defender Dilma até a admissibilidade do processo. Depois disso, não poderá mais.
Uma outra mudança é que, a partir de agora, as reuniões devem começar às 9h.
Acompanhe a sessão ao vivo:
https://youtu.be/6rOw-MA0Hnw
Conheça melhor o presidente e o relator
Raimundo Lira
Natural de Cajazeiras, na Paraíba, o economista Raimundo Lira foi eleito como suplente do também paraibano Vital do Rêgo. Em 2014, passou a ocupar o cargo de senador após Rêgo ser escolhido como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Nas eleições de 2010, foi o suplente que mais doou ao titular da chapa (no total, foram 960 mil reais). Declarou, naquele ano, ter pouco mais de 54 milhões de reais em bens.
É uma das figuras que agradam tanto a oposição quanto a bancada governista. Em fevereiro deste ano, chegou a ser cogitado como substituto de Delcídio do Amaral na liderança do governo na Casa.
Antonio Anastasia – Relator
Natural de Belo Horizonte e formado em Direito, Antonio Anastasia é senador desde 2014, quando foi eleito com 5.102.987 votos.
Sua primeira eleição foi como vice da chapa de Aécio Neves para o governo de Minas Gerais em 2006. Como Aécio saiu para concorrer a um posto no Senado, Anastasia acabou ocupando o governo do estado. Em 2010, foi reeleito para o cargo.
Declarou, nas eleições de 2014, ter 562 mil reais em bens.
No início de 2015, foi citado como um dos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras. O inquérito, no entanto, foi arquivado no final do ano passado pelo ministro Teori Zavascki por falta de provas.
Fonte: EXAME
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